28 de março de 2011

Para 100pre

Por onde começar?
Difícil. Vamos pela ordem cronológica, pra não ter que escolher.
Chegamos em Barueri por volta das 15h20.
O dia já começara iluminado, com uma vaga sensacional sem ter que pagar estacionamento.
Logo avistamos a Arena, que mais tarde entraria para a História, cercada apenas por torcedores com passaporte. Os galináceos estavam bem isolados, do outro lado do estádio.
Começa o jogo, e o time sem cor domina as ações. Os tricampeões da América parecem nervosos, com a bola queimando no pé, e sem assustar a meta adversária.
Passados 30 minutos, o SPFC equilibrou o jogo, que até então não era lá essas coisas. Até que, aos 39, Rogério Ceni mandou a bola pra frente. A zaga alvinegra rebateu mal, e a sobra ficou com Ilsinho, que serviu Dagoberto. O sósia de Michel Teló pegou na veia, estufando a rede do goleiro careca. 1x0!
Já estava bom demais, podia terminar assim. Seria o fim do tabu, e já tinha passado da hora de ganhar do time da CBF e da Globo.
Começa o segundo tempo e o M1to opera um verdadeiro milagre. Mas o milagre verdadeiro ainda estava por vir.
Não dá pra descrever a sensação ANTES do gol, quando o juiz marcou a falta em Fernandinho.
O clima de expectativa no estádio era regido pelo pedido da torcida: "CEM, CEM, CEM..."
E ele veio. Golaço. Ao seu estilo.
O jogo acabou ali. Nada mais importaria dali em diante. A porcaria do Campeonato Paulista, que já era um lixo, atingiu seu grau máximo de insignificância quando aquela bola entrou no ângulo.

Pela segunda vez na vida, chorei num estádio de futebol. A primeira foi naquele SPFC x Rosário, pela Libertadores 2004. Coincidência ou não, daquela vez também foi o camisa 01 que me proporcionou lágrimas de alegria.
Uma bobeira e quase complicamos um jogo praticamente decidido, mas o capitão ainda fez outra grande defesa antes do apito final, após várias bolas perdidas pelo Marlos na hora de matar o jogo.
Com o apito final, comemoramos também o fim do tabu. Mas, como eu disse, o jogo já tinha terminado aos 8 do segundo tempo.
Um prêmio para um cara sério, que trabalha, que treina, que nao se atrasa, enfim, que é profissional.
Uma prêmio para uma exceção no Brasil, onde os "malandros" são beneficiados, e os trabalhadores são os "trouxas".
Um prêmio para o SPFC, que continua sua luta do "Bem x Mal", enfrentando o lado negro da força.
Obrigado, Rogério Ceni.

100 mais,

Um são-paulino.

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