Por Fábio Donatelli
A grande torcida do Palmeiras, fanática e apaixonada, foi a
mais maltratada do país durante essa década. Para um clube que foi considerado
por alguns veículos de comunicação o campeão do século XX, a primeira década
do século XXI deve ser esquecida para sempre.
Os apaixonados torcedores vinham de uma década maravilhosa,
acostumados aos títulos, com a maior infinidade de craques já vista no país.
Desfilaram com a camisa alviverde na década de 90 craques como Edmundo,
Mazinho, Cesar Sampaio, Djalminha, Rivaldo, Alex, Muller e Marcos; e outros
tantos jogadores que marcaram época no futebol brasileiro: Evair, Zinho,
Edilson, Rincón, Luisão, Cafu, Antonio Carlos, Roberto
Carlos, Cleber, Junior, Arce, Paulo
Nunes, Alex, Cafu, Flavio Conceição, Euller... Todos com
passagens pela seleção e alguns titulares em Copas do Mundo.
Esse era o costume do torcedor do Palmeiras durante toda uma
década.
Até que veio o século XXI. E com ele, o fim da parceira Palmeiras Parmalat, de tanto sucesso para ambas as partes. E o que se viu a partir daí são episódios que a torcida prefere esquecer: rebaixamento em 2002, humilhações na Copa do Brasil para Asa de Arapiraca, Vitória, Santo André, Ipatinga, Sport e Atlético-GO, 2 derrotas para o São Paulo na Libertadores, apenas 1 final de campeonato Paulista (o título em 2008), 4º lugar no campeonato brasileiro como melhor resultado e a vergonhosa derrota para o Goiás na Sulamericana. Esse é o costume do torcedor do Palmeiras nessa primeira década do século XXI.
Até que veio o século XXI. E com ele, o fim da parceira Palmeiras Parmalat, de tanto sucesso para ambas as partes. E o que se viu a partir daí são episódios que a torcida prefere esquecer: rebaixamento em 2002, humilhações na Copa do Brasil para Asa de Arapiraca, Vitória, Santo André, Ipatinga, Sport e Atlético-GO, 2 derrotas para o São Paulo na Libertadores, apenas 1 final de campeonato Paulista (o título em 2008), 4º lugar no campeonato brasileiro como melhor resultado e a vergonhosa derrota para o Goiás na Sulamericana. Esse é o costume do torcedor do Palmeiras nessa primeira década do século XXI.
A época da co-gestão Palmeiras Parmalat chama atenção não
somente pelo declínio do clube após o fim da parceria, mas também quando
buscamos o longínquo ano de 1976, ano do último título antes da fila de 17
anos. Dentre os fatos acontecidos nesses 17 anos, podemos citar que foram
apenas 2 finais: Uma derrota para o Guarani em 1978 no Campeonato Brasileiro e
outra para a Inter de Limeira, na final do Paulistão de 1986. E tantos outros
momentos que lembram o período atual do clube: derrota para o Bragantino no
Paulistão, disputa da Taça de Prata em 1981 e 1982 por não ter se classificado
entre os 6 primeiros do Paulista e poucos jogadores com nível de seleção
brasileira.
O diagnóstico de tudo isso é um só: administração profissional. Não é a toa que o Palmeiras, durante a parceria com a Parmalat ganhou muitos títulos: havia uma administração profissional, gestores bem remunerados e um plano estratégico voltado para fazer ambas as partes crescerem em seus negócios. O Palmeiras chegou a Campeão da América e a Parmalat conseguiu um dos maiores aumentos de vendas entre todas as empresas brasileiras. Sem a administração profissional, somando-se os 17 anos do período de 1976 a 1993 e mais os 9 anos da saída da parceria, de 2001 a 2010, são 26 anos com apenas 3 finais e um título paulista.
Está mais do que provado que a política dentro do Palestra Itália é a principal fraqueza do clube, ainda mais depois das contratações sem sucesso de Luxemburgo, Muricy e Felipão (até agora). As brigas internas, a disputa pelo poder a qualquer custo, levam a uma insuportável pressão no dia a dia, que impedem um planejamento e execução de qualquer plano que possa vir a dar certo. Enquanto alguns trabalham, a maioria atrapalha e o clube segue sem caminhar rumo ao profissionalismo. Do outro lado, insatisfação dos torcedores de verdade e politicagem que chega a algumas torcidas organizadas.
O diagnóstico de tudo isso é um só: administração profissional. Não é a toa que o Palmeiras, durante a parceria com a Parmalat ganhou muitos títulos: havia uma administração profissional, gestores bem remunerados e um plano estratégico voltado para fazer ambas as partes crescerem em seus negócios. O Palmeiras chegou a Campeão da América e a Parmalat conseguiu um dos maiores aumentos de vendas entre todas as empresas brasileiras. Sem a administração profissional, somando-se os 17 anos do período de 1976 a 1993 e mais os 9 anos da saída da parceria, de 2001 a 2010, são 26 anos com apenas 3 finais e um título paulista.
Está mais do que provado que a política dentro do Palestra Itália é a principal fraqueza do clube, ainda mais depois das contratações sem sucesso de Luxemburgo, Muricy e Felipão (até agora). As brigas internas, a disputa pelo poder a qualquer custo, levam a uma insuportável pressão no dia a dia, que impedem um planejamento e execução de qualquer plano que possa vir a dar certo. Enquanto alguns trabalham, a maioria atrapalha e o clube segue sem caminhar rumo ao profissionalismo. Do outro lado, insatisfação dos torcedores de verdade e politicagem que chega a algumas torcidas organizadas.
E pra piorar ainda mais a situação, outros clubes que já
estavam na frente em termos de administração, seguem ampliando sua vantagem
sobre o Palmeiras. Essa situação é refletida em títulos, disputas da
Libertadores, jogadores mais competitivos e novos ídolos dos clubes. Não é a
toa que Inter, São Paulo e Cruzeiro tenham sempre times competitivos, disputem
títulos e passem longe da queda para a 2ª divisão, mesmo não sendo as maiores
torcidas do Brasil. Até o arqui-rival Corinthians mostrou ter aprendido com a
Série B. Em outros tempos, uma derrota como a que aconteceu para o Flamengo na
Libertadores, não seria esquecida tão facilmente e o clube não estaria lutando
pelo título na última rodada do Brasileirão. E foi esse aprendizado da queda
para a Série B que levou o Corinthians a colocar profissionais remunerados em
algumas de suas áreas, como o marketing, que tem uma estrutura razoável para o
padrão do futebol Brasileiro e ajuda o clube a ter o maior faturamento do país.
Não dá para fazer futebol, sem ser profissional.
Aos apaixonados palmeirenses, dói saber que essa próxima década pode ser tão ruim ou pior do que a que passou, se nada mudar lá em cima. Mas a esperança está sempre concentrada na força da torcida. Um clube como o Palmeiras, se bem administrado e com o amor da torcida, volta a ser competitivo como na década de 90, em poucos anos.
Aos apaixonados palmeirenses, dói saber que essa próxima década pode ser tão ruim ou pior do que a que passou, se nada mudar lá em cima. Mas a esperança está sempre concentrada na força da torcida. Um clube como o Palmeiras, se bem administrado e com o amor da torcida, volta a ser competitivo como na década de 90, em poucos anos.
é, cara, eu acho muito natural esse momento de transição pelo qual os clubes grandes passam aqui no país, principalmente. dói para o torcedor, claro, mas não há quem não tenha passado ou não vá passar por isso.
ResponderExcluirfutebol é cíclico. é preciso levá-lo sabendo muito bem disso.
muita boa esta tua postagem!
grande abraço.
Parabéns!
ResponderExcluirExcelente análise, além de bem escrita!